Brandtech: a origem

Entenda como esse termo pode impactar a sua empresa

O mercado está mais desafiador do que nunca. Novos competidores, novos mercados, novas tecnologias, novos públicos, novos serviços e uma infinidade de aplicativos e novas plataformas a cada dia.

Isso tem impactado diretamente o jeito que a gente tem levado a vida, que está cada vez mais frenética. Passamos o dia correndo atrás da máquina pra conseguir falar com todo mundo, pra resolver as coisas que tem que ser resolvidas. A vida tem andando num ritmo mais assustador do que nunca.

MAS E AS NOSSAS EMPRESAS? E AS NOSSAS MARCAS? COMO A GENTE SE PREPARA PARA ISSO?

Entender de Brandtech é compreender os movimentos que estamos vivendo. É sintonizar a transformação com os nossos negócios, com as marcas que trabalhamos todos os dias. Duas expressões que ajudaram a expressar a evolução, passam a ser usadas hoje mais do que nunca: “Hoje em dia” e “cada vez mais”.

Esses clichês da evolução são porta vozes da intensidade com que as coisas vem acontecendo e impactando nossas vidas. E você pode perceber, “hoje em dia”, “cada vez mais” eles estão em pauta. O mundo lá fora está se transformando de forma muito rápida e as empresas, e marcas, precisam se preparar para a mudança.

O passado ajuda a entender o futuro

Pense em o que uma mulher fazia, na década de 90, para comprar um vestido que achou bonito e que a impactou em uma foto de revista. Era preciso procurar, descobrir uma loja que vendesse. Um bate pernas intenso com pouca informação.

E hoje, busca no Google? Sim, mas mais do que isso. Somos abordados de forma muito mais natural. A evolução vem nos mostrando que a mesma naturalidade com que a moda entrava numa revista, hoje ela entra ainda mais natural nas redes sociais de influencers ou até mesmo nas publicidades digitais.

E isso vale para outros negócios. Alimentação, viagens, entretenimento e muito mais. Tudo está muito mais presente e mais digital. Muitas vezes não dá tempo nem de parar para perceber tudo isso. Simplesmente estão ali, acessíveis.

A tecnologia, muitas vezes ao contrário que pensamos, abre portas para explorar ainda mais o nosso cérebro. Tem permitido trabalharmos com uma quantidade grande de informação e com ganho operacional. Automatizar atividades repetitivas e usar a inteligência artificial para economizar tempo e fazer as coisas mais rápido. A tecnologia está nos tornando seres humanos melhores. Potencializando nossas capacidades.

Na década de 60, um dos fundadores da Intel fez uma previsão que inclusive virou “lei” (Lei de Moore). Analisando a evolução do seu próprio negócio, ele enxergou o que poucos estavam percebendo. O crescimento exponencial da tecnologia. Hoje, quem visita o museu da Ciência e Computação, no Vale do Silício, enxerga em uma parede gigante o gráfico que representa muito bem o que estamos vivendo.

A evolução da tecnologia tem aberto portas para conquistar números que, até então, exigiam anos de operação do negócio. Comparativos mostram quantos anos negócios icônicos demoraram para conquistar 50 milhões de usuários: aviação em 68 anos, televisão em 22 anos e computador em 14 anos. Hoje, redes sociais e novos aplicativos conquistam esses números em menos de um ano.

Como as marcas fazem para acompanhar a evolução dos negócios na era tecnológica

Não, as marcas não estão perdendo relevância, pelo contrário, a parte interessante disso tudo é perceber que a tecnologia não vive sem a marca. E vice e versa. E é aqui que o conceito Brandtech se torna cristalino. 

Na era do “não tenho a menor ideia do que será o amanhã” é a marca que consegue ser a grande certeza. O propósito que consegue ser o norteador, a linha de condução. O papel da tecnologia entra para auxiliar e entregar a promessa. Para continuar cumprindo as necessidades humanas, porém colocando em cheque todos os modelos e formatos até então vigentes. 

Como podemos ver no gráfico abaixo, as demandas humanas continuam as mesmas. A quebra de paradigma está na forma como a tecnologia ajuda a satisfazê-las.

A tecnologia resolve tudo?

A tecnologia é crucial, mas ela não necessariamente coloca o negócio na vanguarda. Ela pode ser rapidamente substituída, ultrapassada. A plataforma por trás do Airbnb, por exemplo, mesmo tendo suas sofisticações em recursos e códigos, facilmente poderia perder o seu posto se somente a tecnologia sustentasse a sua existência.

Porém o que tem sustentado a empresa, acima de tudo, é o fato de eles entenderem e terem clareza do propósito que guia o negócio.  “We believe in a world where people belong anywhere”. Por isso eles trazem experiência e serviços que vão além da hospedagem. 

E é justamente esse propósito que tem permitido a eles se adaptarem em momentos turbulentos como vivemos, em que viagens estão se tornando escassas. As marcas são os pilares que dão consistência à aceleração do crescimento do negócio. Marca é o “colo quentinho da mamãe”, é a segurança.

Leia: O que o brandtech tem a ver com o posicionamento da sua marca?

E como ficam as empresas tradicionais?

Como dizem os americanos, uma empresa de sucesso é como um grande tubarão branco. No seu auge, é o predador mais voraz dos mares, porém à medida que vai envelhecendo, adquirindo gordura, vai ficando pesado e lento. Até morrer.

Com muitas possíveis direções a seguir, flexibilidade e capacidade de adaptação são chave para sobreviver. Os negócios têm que estar preparados para andar junto com os movimentos das pessoas e do mercado. Abraçando novas tecnologias, ultrapassando barreiras e repensando as suas estratégias de crescimento. 

Em 1984, a IBM era a rainha indiscutível do mundo da computação, com seu PC icônico. E ela teve sucesso porque não tentou fazer tudo sozinha. Ao contrário da Apple, que construiu cada peça de hardware e escreveu todas as linhas de software para seus computadores, a IBM comprou componentes de hardware de fabricantes menores e embarcou seus PCs pré-carregados com o Microsoft Windows.

Ironicamente, a estratégia que fez da IBM a queridinha de Wall Street quase levou à sua morte. Os chamados “clones de PC” logo inundaram o mercado, cada um construído com componentes mais baratos e executando as mesmas versões do Windows. A grande e pesada IBM demorou a inovar, permitindo que concorrentes ágeis reduzissem seus preços. Em 1993, ela registrou a maior perda na história da América corporativa.

A empresa, que passou por revoluções tecnológicas de cartões perfurados a supercomputadores, teve que fazer uma escolha incrivelmente difícil: inovar ou morrer. O novo foco da IBM seria fornecer serviços especialistas de tecnologia para empresas.

Em 2010, a IBM adquiriu mais de 200 empresas no setor de serviços de TI. Também investiu pesadamente em seu negócio de servidores, tornando-se o principal fornecedor de soluções corporativas de servidor no mundo. 

A National Geographic é outro case. Inspirada no seu propósito “Acreditamos no poder da ciência, exploração e narrativa para mudar o mundo”, conseguiu se reinventar em tempos de mudança de comportamento das pessoas. 

De revista impressa, quase se extinguiu, mas iniciou um esforço para se reinventar em todas as plataformas de mídia, especialmente o National Geographic Channel, lançado em 2001. Enquanto isso, redes sociais e sites de compartilhamento de fotos deram à National Geographic uma maneira totalmente nova de mostrar sua fotografia deslumbrante e premiada.

Marcas são o centro e elas conectam negócios a pessoas

Para enfrentar esses desafios, as marcas devem ser o centro de gravidade. Quanto mais próximo você estiver, mais rápido você cresce. São elas que conectam os negócios as pessoas. Criam proximidade e entendimento do que as pessoas querem e no que acreditam. 

Marcas são o que dão toque pessoal a tecnologia, o que dão significado para um engajamento autêntico e experiências inesquecíveis. Elas crescem na velocidade da vida, destacando-se em um cenário de mudanças.

Leia: Brandtech: a metodologia certa para crescer negócios

Siga os passos do homem mais rico do mundo

“Você pode ser um competidor focado no concorrente, pode ser focado no produto, pode ser focado na tecnologia, pode ser focado no modelo de negócios e muito mais. Mas, na minha opinião, o foco obsessivo no cliente é de longe o modelo mais protetor… ” Jeff Bezos, CEO da Amazon

O primeiro passo para implementar uma metodologia Brandtech começa com a clareza do propósito corporativo, ou seja, qual a sua razão de existir. Esse é o tema número um. Pra quem não entende nada disso o americano Simon Sinek trabalhou muito bem o assunto em um clássico vídeo chamado Golden Circle.

A partir disso, quatro grandes áreas devem ser formatadas: vendas, marketing, customer experience e growth. As duas primeiras obviamente não são novidade para ninguém. O que muda agora é a perspectiva e atuação delas, muito mais integradas e influenciadsa pelas áreas de Customer Experience e Growth que entram e agragam papéis interdependentes com o todo. Um alimenta o outro.

Os negócios hoje só tem sucesso se estiverem centrados na satisfação do cliente. O Growth estará sempre testando novas possibilidades de alimentar esse círculo vicioso, testando novas possibilidades de impulsionar esse relacionamento com o cliente, impactando na marca e em vendas.

Leia: A metodologia Brandtech: propósito e crescimento acelerado

O fechamento é conectar as pessoas, colocar todas na mesma página. Alinhar a visão de negócio e capacitação técnica e comportamental. Aplicar novas tecnologias dentro da empresa. Dar atenção especial ao cliente para, no fim das contas, criar o que chamamos de white space, ou um espaço especial da sua marca nesse contexto.

Então, qual a importância você está dando para a tecnologia para continuar relevante no presente e futuro? Comece a planejar isso agora mesmo. E não esqueça, a marca é um pilar desse movimento.

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