Mundo encantando do varejo infantil. Será?…

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Como um bom planejador, me preparei para fazer as compras para o aniversário de um dos meus afilhados. A organização me faz bem. Então sai do escritório numa tarde destas e fui ao shopping mais perto. Antes procurei na internet para confirmar que lá encontraria opções de brinquedos. Sim, brinquedo. Não adianta, criança gosta de brincar…Isso já aprendi.

Chegando lá, realmente encontrei opções. Mas a minha surpresa não foi encontrar não só opções, mas um tsunami de opções. A essas alturas, coração começa a bater mais forte, córtex cerebral pede oxigênio. Resumo do cenário: stress…

Do bem estar do sentimento de controle da situação para o sentimento de afogamento e sufoco. Além de não ter um mínimo suporte visual para me orientar, olhava ao redor e simplesmente não via conexão entre os setores.

Estava num mar de brinquedos. Lutando para naquela hora reservada para isso cumprir minha missão. E o stress só aumentando…

Mas o que me indignou mais com tudo isso não foi somente o excesso de opções e desorganização. Foi me dar conta que estamos reféns de um mercado extremamente capitalista. O que não sou contra, muito a favor.

Mas sou a favor do lucro justo, merecido e não imposto. Desafio você a encontrar um brinquedo por menos de R$ 100,00 que seja maior que a palma da sua mão em uma loja de brinquedos.

Ou seja, sou obrigado a desembolsar um valor considerável para um pedaço de plástico que a criança vai ignorar em poucos dias, horas ou quem sabe segundos… E mais, perigando os pais acharem que investi pouco no presente.

Em meio a um cenário como esse, me veio a luz. É num momento como este que surgem as alternativas e o mundo se organiza novamente. Tá aí o momento de resgatar brinquedos e presentes focados em experiências, ou quem sabe até compartilhados.

Sei que será um grande desafio, já que as crianças sofrem uma lavagem cerebral todos os dias assistindo canais infantis ou simplesmente vendo os seus desenhos favoritos no Youtube. Como não dar de presente uma porquinha rosa se é isso que a criança vê todos os dias?

Enfim, resolvi escrever porque acredito que este sentimento de pânico deve ter passado pela cabeça de mais pessoas. E o recado/oportunidade é: essa realidade simplesmente não faz sentido! Pode ser lucrativa, mas não tem sentido! E por  isso um dia deve ter fim…
Será que vem aí o "Uber" dos brinquedos?

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