White space: como identificar oportunidades inovadoras que ajudam a alavancar seu negócio

Em meio a um mercado em constante transformação, as empresas que descobrem os white spaces saem na frente - e faturam milhões. Leia até o final e saiba mais!

O mundo, de certa forma, vem se modificando em um ritmo acelerado. De tempos em tempos, a sociedade enfrenta crises que se tornam não apenas marcos na história — mas que também acabam por reinventar a forma como vivemos e nos relacionamos.

Assim, a transformação digital no meio corporativo se tornou ainda mais latente e necessária com as regras impostas pela pandemia de COVID-19. E isso se dá não apenas na forma como uma empresa oferece seus produtos no meio digital — mas na estratégia do negócio como um todo.

Segundo um estudo realizado pela McKinsey & Company, antes mesmo da chegada da pandemia, 92% dos líderes de empresas entrevistados achavam que seu modelo de negócios não continuaria viável devido às taxas de digitalização da época.

Dessa forma, em meio a crise, reinventar-se se tornou muito mais do que uma escolha – mas uma necessidade para a maioria das empresas. E isso requer o descobrimento de oportunidades nunca antes exploradas e que têm um grande potencial de gerar crescimento.

Conquistar novas fatias do mercado com inovação e inteligência é o novo desafio para as empresas no pós-pandemia. Mas como é possível fazer isso diante de um cenário de tantas mudanças, principalmente tecnológicas

É por isso que, nesse artigo, através do conceito de white space, você vai descobrir como identificar oportunidades inovadoras para o seu negócio, seja qual for o seu segmento. 

E nós vamos além: saiba, também, como a metodologia brandtech pode ser a chave para esse processo, unindo tecnologia, marketing e crescimento acelerado.

Segue o fio!

White space: a “sacada” que muda tudo

Em seu livro “Seizing The White Space: Business Model Innovation for Growth and Renewal”, publicado em 2010, Mark Johnson já falava sobre como as empresas estavam utilizando modelos de negócios inovadores para aproveitar “espaços em branco” e alcançar um crescimento transformador.

Assim, na época, o autor apresentou uma estrutura prática que identifica quatro blocos de construção fundamentais que fazem os modelos de negócios funcionarem.

Mas, afinal, o que é um “espaço em branco” nos negócios?

  • Um white space é onde estão as necessidades não ditas e não atendidas dos clientes, que precisam ser descobertas para estimular inovação. É um processo de negócios usado para desbloquear oportunidades, como novos públicos e até mesmo melhorias de produtos.

Dessa forma, descobrir um white space em seu segmento pode ser aquela grande sacada que faz você se perguntar: “como não pensei nisso antes?”. 

De acordo com Johnson em seu artigo para a Harvard Business Review, um white space significa, basicamente, “um lugar onde uma empresa tem espaço de manobra para inovar, em meio a um campo de jogo lotado”.

Muitas vezes, os consumidores não sabem que precisam de algo até que… Alguém diga que eles precisam! Por isso, é papel das empresas serem proativas e descobrirem essas oportunidades em branco.

Diante desse cenário, um white space pode estar em:

  • suprir necessidades não atendidas de seus clientes atuais; 
  • servir clientes inteiramente novos e criar novos mercados; ou ainda 
  • responder a mudanças radicais na demanda do mercado, políticas governamentais ou tecnologias que afetam setores inteiros.

3 exemplos de empresas que identificaram white spaces inovadores

Existe forma melhor de entender algo do que na prática? Foi por isso que selecionamos, aqui, três cases de empresas que acertaram em cheio na oportunidade de negócio que exploraram. Confira:

Quinto Andar

Fundada em 2013, a Quinto Andar veio para simplificar algo que costuma ser bastante complexo: alugar um imóvel. E isso tanto para o inquilino quanto para o proprietário. 

Quem já precisou procurar um lugar para morar sabe o quanto o processo de aluguel é extremamente burocrático e demorado. Sem falar na dificuldade em encontrar um lugar que atenda a todos os requisitos desejados. 

Por isso, a grande “sacada” dos fundadores da Quinto Andar foi justamente essa: reunir, em uma só plataforma, todas as informações necessárias para ambas as partes, desde fotos de qualidade dos imóveis, até a possibilidade de resolver toda a documentação de forma digital.

Resultado? A startup brasileira já possui um valor de mercado de mais de US$ 5 bilhões

Duolingo

Para Luis Von Ahn, fundador do aplicativo de idiomas Duolingo, aprender uma nova língua sempre foi sinônimo de gastar muito dinheiro. Nascido na Guatemala, ele sabia que essa era uma oportunidade para poucos.

Assim, quando decidiu criar um aplicativo para pessoas que quisessem aprender inglês, estipulou a gratuidade como diferencial fundamental (a assinatura paga é só para utilizar o app offline e não ver anúncios). 

Mas houve outro “pulo do gato” nessa história. Em entrevista à Época Negócios, Von Ahn revelou que ter feito o Duolingo parecer um jogo divertido foi o que assegurou seu sucesso. 

A maioria dos aplicativos de educação, não só os de idiomas, tem baixas taxas de retorno de usuário. Das pessoas que experimentam esses apps pela primeira vez, cerca de 95% não retornam no dia seguinte. No nosso caso, mais de  60% retornam. Justamente porque é fácil de usar e é divertido”, afirmou ele. 

Magazine Luiza

Com a chegada da pandemia de COVID-19 em 2020, milhares de trabalhadores perderam suas fontes de renda por conta das medidas de isolamento social. E foi assim que um projeto que estava previsto para ser lançado em 5 meses, passou a operar em 5 dias no Magazine Luiza.

A plataforma digital “Parceiro Magalu” visa ajudar autônomos, micro e pequenos varejistas a continuarem trabalhando mesmo durante a crise. Essas pessoas puderam montar, de forma simples, através da plataforma, suas próprias lojas virtuais – tendo acesso aos mais de 20 milhões de clientes da marca.

Segundo um levantamento feito pela própria Magalu, o Brasil possui cerca de 5 milhões de comércios varejistas, e apenas 1% dessas empresas vendem os seus produtos pela internet.

Uma sacada genial que só reforçou o Magazine Luiza como um dos gigantes brasileiros do comércio online!

Mas e aí, como descubro o “pulo do gato” no meu negócio?

Agora que eu já sei o que são white spaces e como as empresas descobrem grandes oportunidades, o que devo seguir para aplicar isso em meu negócio

Calma, jovem! A gente traz dicas valiosas nos 3 passos abaixo: 

1) Olhe para si mesmo

Independentemente do seu ramo de atuação, um dos melhores lugares para encontrar um white space é dentro do que você oferece atualmente aos seus clientes.

Assim, analise e pergunte a si mesmo onde as necessidades dos seus clientes estão e não estão sendo atendidas através do que você vende. Falta um novo tipo de serviço? Uma melhoria em seu produto? O céu é o limite!

Além disso, você também pode pesquisar como seus clientes usam seus produtos no dia-a-dia. É possível encontrar um white space que você nem sabia que existia.

2) Olhe para o seu público 

Se você está analisando o seu público e tentando descobrir onde pode inovar, talvez seja a hora de olhar de uma forma mais segmentada. Considere focar em um nicho específico do seu público geral.

Por exemplo: se você é um fabricante de cosméticos masculinos, que tal focar no desenvolvimento de um produto para quem sofre com a calvície? Estatísticas recentes mostram que os homens estão enfrentando a queda de cabelo cada vez mais jovens – e esse costuma ser um fator decisivo na autoestima.

3) Crie uma proposta de valor

O seu white space pode ser usado para reafirmar a estratégia de marca da sua empresa. Se você encontrar um espaço para inovação, poderá usá-lo para fortalecer a forma como sua empresa é vista pelos outros.

Assim, ao criar uma proposta de valor única e superior aos seus concorrentes, você precisa agir com personalidade. E, é claro, personalidade está ligada a propósito.

A metodologia certa para um crescimento acelerado

Descobrir o white space que tem o potencial de alavancar o seu negócio já é um importante passo nessa jornada. E sim, falamos em jornada porque garantir um crescimento acelerado envolve outros fatores no jogo.

Foi por isso que a GH Branding, olhando para as maiores scale-ups do Vale do Silício, criou a metodologia Brandtech

Entre observações, testes e muitos estudos, descobrimos que as empresas que mais cresciam, tinham algo em comum: branding e tecnologia. E que era com esse mindset que elas criavam negócios valiosos e sustentáveis.

Assim, a partir do entendimento primário de propósito, o desafio é conectar os elementos de valor da marca com o seu público, explorando ao máximo os recursos que a era digital nos disponibiliza.

O conceito é bem maior que a área de marketing ou branding. Saiba mais agora sobre a metodologia Brandtech e como ela pode ajudar o seu negócio a crescer.

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